Arte Africana

Chimpanzés - Ujamaa

Peça de arte africana da década de 60 não ritual de caracter eminente popular.  A escultura...

Preço: 400,00 €

Figura Bijagó

Escultura em madeira exótica - Guiné-Bissau Peça de arte africana da década de 60 ritual -...

Preço: 500,00 €

Cristo de Mueda

Peça de arte maconde de 1972 (Mueda) não ritual de caracter eminente figurativo.  A escultura...

Preço: 750,00 €

A Arte Popular Africana com especial destaque para os países africanos de língua oficial portuguesa é elaborada nos mais diversos materiais – ébano, pau-preto, marfim, osso que ilustram a representação etnográfica de usos e costumes do continente africano. Inicialmente ritual mais tarde para consumo de brancos  e actualmente para turistas em geral manteve sempre marcada originalidade que tanto têm a ver com uma criatividade popular muito própria destes grupo étnicos específicos.

Apesar de a madeira esculpida ser o artesanato mais comum da arte popular africana existem outras peças, como as pinturas murais, as cabaças gravadas, a cerâmica nativa, os  cestos entrelaçados e as esteiras. Particularmente bonitos são as bases circulares em verga, os sacos de viagem e os envolucros de garrafas. 

Escultura tradicional das repúblicas africanas de expressão portuguesa

Os Nalús, os Bijagós, os Macondes entre outros povos e etnias das república africanas de expressão portuguesa são excelentes entalhadores.  Parecem possuir uma aptidão inata para esta actividade, que requeria uma formação longa e paciente sob a orientação de familiar próximo. O artista africano, trabalhando com uma faca afiada, foi capaz no decorrer dos séculos de transformar um bocado de madeira por vezes de grande dureza numa imagem perfeita de animal, bailarino, guerreiro ou demónio ou fazer um utensílio de uso corrente. As ferramentas simples, muitas vezes forjadas in loco, eram as mais comuns. Depois dos anos 60 a oficina enriqueceu-se com formões em ferro, facas e pequemos machados adquiridos no mercado europeu. 

a) A escultura ritual

É ainda a actividade mais secreta e importante, e somente poucos artistas  têm a capacidade e o conhecimento para realizá-la, transmitidos secretamente de entre gerações. As mascaras, os bancos e as estátuas que representam espíritos e divindades exigem conhecimentos não só a nível da qualidade da madeira que deve ser utilizada, mas também das cerimónias necessárias para cortá-la e esculpi-la. Num ritual que é variável consoante a etnia do artista a produção das peças pode co-existir com cerimónias especiais de purificação, de modo a traduzir obras e símbolos dignos de se enquadrarem numa esfera animica do sagrado e do poderoso.

b) A escultura de utensílios

Trata-se do entalhe e a modelação de remos,  canoas, tambores e diversos objectos para a cozinha, como os almofarizes e os pilões para o arroz e o chabéu, colheres grandes  e pratos.  Alguns desses objectos podem ser feitos de madeira macia .

c) A escultura para as turistas

Paralelamente à escultura religiosa e de utensílios, os artistas africanos tem vindo a obter algum sucesso económico talhando objectos para troca ou venda aos turistas. A sua produção tem aumentado, sobretudo nos últimos anos, com uma subida continua dos preços e uma baixa de qualidade artesanal. Nesta produção se enquadraram por exemplo as conhecidas feiras de pau preto (Nampula - década de 60). As peças mais vulgares eram:

Os seres humanos 

Os animais 

Outras peças. - Incluem a reprodução de alguns objectos apreciados pelos europeus tais como candeeiros, cristos, e outros objectos variáveis consoante os usos e costumos doa pevoas e das raças.

Muitas das vezes os artistas africanos quando cortavam a madeira aproximavam das árvores com um certo temor e reverência tais como os bijagós que ofereciam vinho ou aguardente para que o espírito da floresta os inspirasse. As ferramentas usadas para cortar a madeira eram o machado, o machete, a catana ou a faca.